A radioatividade é definida como a capacidade que alguns elementos fisicamente instáveis possuem de emitir energia sob forma de partículas ou radiação eletromagnética. A radioatividade geralmente provém de isótopos (átomos de um elemento químico cujos núcleos têm o mesmo número atômico), como urânio-235, césio-137, cobalto-60, tório-232, que são fisicamente instáveis e radioativos, possuindo uma constante e lenta desintegração. A radioatividade pode ser:
- Radioatividade natural ou espontânea: É a que se manifesta nos elementos radioativos e nos isótopos que se encontram na natureza e poluem o meio ambiente.
- Radioatividade artificial ou induzida: É aquela que é provocada por transformações nucleares artificiais.
Elementos radioativos mais encontrados na natureza:
A IMPORTÂNCIA DOS ELEMENTOS RADIOATIVOS NA MEDICINA
O uso pacífico da Radioatividade tem sido cada vez mais abrangente. Vários isótopos radioativos são usados na medicina. Um exemplo é quando vamos fazer uma cintilografia com o intuito de verificar as condições de nossos órgãos internos, e introduzimos no organismo uma pequena quantidade de material radioativo, são eles os radiotraçadores, que possuem a propriedade de se acumularem em um determinado órgão, incidindo sobre filmes fotográficos, e refletindo imagens do órgão que se pretende estudar
No uso terapêutico, a radiação é empregada na tentativa de curar doenças. Algumas formas de câncer, por exemplo, podem ser tratadas através da radioterapia, por meio de Teleterapia ou da Braquiterapia, com o césio-137. As células do tumor cancerígeno são destruídas pelos efeitos da radiação.
Os radioisótopos também podem ser empregados com o propósito de diagnóstico, fornecendo informações sobre o tipo ou extensão da doença. O isótopo iodo-131 é usado para determinar o tamanho, forma e atividade da glândula tireóide. O paciente bebe uma solução de KI, incorporando iodo-131, o corpo concentra o iodo na tireóide. Após algum tempo, um detector de radiação varre a região da glândula e a informação é exibida, no computador, sob a forma visual. Felizmente, a natureza nos presenteou com um isótopo que atende a quase todas as necessidades: A energia da radiação emitida pelo 99mtc é idealmente correta, e sua meia-vida é de 6 horas; é largamente empregado na varredura dos rins, fígado, bexiga, cérebro e pulmões. A radioatividade é inofensiva para a vida humana em pequenas doses, mas, se a dose for excessiva, pode provocar lesões no sistema nervoso, no aparelho gastrintestinal, na medula óssea, etc. É possível estabelecer uma política de uso pacífico da Radioatividade em benefício de toda a População.
CÉSIO
O Césio está presente na natureza em várias rochas e minerais, bem como, em pequenas quantidades, na água dos oceanos. Dada a sua elevada reatividade não se apresenta na sua forma metálica, mas sim como componente constituinte de minerais. A principal fonte de césio é a polucite, um alumino-silicato de césio que se encontra associada à lepidolite e à petalite, minerais de lítio.
URÂNIO
O urânio é encontrado na crosta terrestre em forma de minerais, os principais tipos de minerais de urânio são pechblenda, auraninita, a carnotita, a autunita e a torbenita. Na mineração, esses minérios são tratados para obtenção do Yellow Cake, uma mistura de óxidos de urânio de onde é extraído o urânio puro. Suas aplicações são variadas, indo de fotografia a indústria madeireira. Mas a sua principal aplicação é o uso na produção de energia, a Energia Nuclear.
O perigo da desinformação sobre a radioatividade
O principal perigo das radiações reside no fato de não se ter percepções imediatas de seus efeitos. Ao contrário de um choque elétrico ou de uma queimadura, que sentimos na hora o mal ocorrido, os danos causados são imperceptíveis e só aparecem quando o quadro está grave. Por isso é importante saber sobre a radioatividade, para nos prevenir da forma adequada sobre cada tipo de radiação.